quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Epifânio Augusto em: Em defesa da virtude.



Capítulo VII

Em defesa da virtude.

Tínhamos quase 15, já era hora de pararmos de ser covardes e deixarmos de tentar estrangular o pirulito. Certos dias o bichinho ficava tão machucado que inchava, coitado, terminava o dia como um torturado da ditadura, quando na realidade, o dito que era duro, e a vida dele mais dura ainda. Houve momentos em que a bronha era coletiva, alguém conseguia uma revista de mulher pelada e íamos lá pro “espaço sideral”, um lugar no meio do mato, onde uns caçadores da antiga tinham construído uma espera de madeira em cima de uma castanheira e era uma espécie de templo comunitário onde homenageávamos a vida e honrávamos a morte de muitos dos nossos filhinhos, ou futuros filhinhos, lançando-os ao chão, com gemidos e gritos de “ai caralho, ai caralho, tá chegando, tá chegando, vou gozar, vou gozar” às vezes alguém reclamava, “pôurra caralho, cala a boca que não to conseguindo com essa barulheira”...Epifânio, que tinha uma rola só pro cu dele, dizia que quando cagava não podia colocar a muçum pra dentro da privada senão o cú via e se fechava que não saia mais nada, era o mais engraçado, se tremia todinho na hora do clímax e levantava uma das pernas...pense numa cena estranha, aquele guri se tremendo todo e com o corpo apoiado numa perna enquanto a outra subia e se esticava toda num frenesi descontrolado, jogando a cabeça pra trás e dando um grito amarrado, bloqueado de...Ahhhhhhhhhh!!! e lançava jatos que muitas vezes sujava um ou outro, que berrava “caralho Epifânio me sujou, limpa aqui, limpa aqui, bora, bora, limpa logo” acabava em porradal, um esfregando a gala na cara do outro e os outros perdiam a concentração e ficavam putos também e era aquela gritaria de “BANDO DE FILHADAPUTA ME ATRAPALHARAM EU NEM GOZEI POOOOOORRRAAAAAA!!!!!”...era uma sacaria aquele lugar (sacanagem+putaria). Houve vezes em que chegávamos e tinha outra turma saindo de lá...quando víamos, já tava tudo sujo, o chão todo galado como se tivessem jogado goma de tacacá, mas nem isso podia nos parar, deter os hormônios da juventude, nessa época andávamos tão à flor da pele que 213 gozava na mão e passava no corpo...”Égua Rubinho que merda é essa?” a resposta do menino fez com que todos ficássemos pensativos...” “-É que uma vez fiquei olhando o ciborg (ciborg era o cachorro da casa dele) cheirando a cutia da cadela da Dona Mazé e pensei: Por que cachorro cheira antes? Passei quase uma semana pensando nisso, nem dormia direito, será que todos os machos do reino animal tem que cheirar antes? Eu também vou ter? E que cheiro tem? E se feder? E se for azeda? E se for pitiú? Afinal, cachorro come qualquer merda jogada no lixo, então não tem um nariz muito bom não....e de repente, como numa revelação de Deus, tive a visão....era o cio....isso é que chamavam de cio...a cachorra deve soltar algum cheiro quando tá no cio...desdaí eu passo minha porra no corpo, vai que alguma fêmea sente meu cheiro e quer fazer coisinha comigo...nos olhamos reflexivamente...parecia uma meditação religiosa...ninguém tinha coragem de falar nada...e aquele guri passando a mão melada nos braços e no cabelo...de repente todos  ao mesmo tempo fizemos a mesma coisa, vai que dá certo...no meio daquela liturgia nova Epifânio solta das dele: “E se um macho sentir esse cheiro e quiser fazer coisinha com a gente?”...todos pararam...parecia aquela brincadeira de ESTÁTUA!....multi-homem parou com as duas mãos na cara...só com uma brecha entre elas olhando com um olho arregalado e....ahhhhhhhhhhh!!!!! corremos pro igarapé pra tirar aquela meladeira do couro...Cacete Rubinho, não lança mais essas idéias de jirico não mano, faz essas tuas merdas sozinho em casa.

Numa daquelas sessões de terapia hormonal, de crescimento espiritual pela busca do divino, decidimos:

- VAMU PU PUTEIRO, TEMU QUE TREPÁ, NUM TÁ CERTO NÓS SE ACABÁ NA PUNHETA, TAMU FICANDO É FRACO!!!

Pronto! Tava decidido, íamos lá no “BORBOLETA INCENDIADA”, era o nome do puteiro mais famoso da cidade, causador de tanto descasório naquele lugar, e recebedor de muitas mulheres largadas que iam pra lá, pra tentar ganhar alguns trocados pra dar de comer aos filhos, em geral, as meninas de 19 já tinham 3,4...na cidade tinha outro puteiro também, mas esse era diferente, a oferta era de mulher-mulher e...homem-mulher...chamava “BURACO NEGRO”...Eram lugares festejados, badalados, muito bem conceituados pelos homens e amaldiçoados pelas mulheres, nada que um cafuné no cangote da nega no final da esculhambação que os bebuns levavam ao chegar no barraco, rsrsrs, ou depois de uma surra com aquela ripa prepara especialmente para aquelas ocasiões, ah malvadas eram aquelas virtuosas damas, não fizesse esquecer a visita, muitas vezes necessárias, àqueles templos de Diana, digo necessárias porque nem toda mulher tá todo tempo disposta a fazer “imoralidade”, mas todo homem sim...ah sim....nascemos com esse poder...o poder da reprodução, do “olho de tandera”, do “castelo de greisco”, do martelo, do anel...(não, do anel não, homem que é homem não tem o poder do anel não) do espinafre, do sol...eeeitaaa! é muito touro power kkkkkkk.

Então nós decidimos que seria na sexta à noite, tinha que falar primeiro com a proprietária, uma espécie de empresária do amor. Sabíamos que não fechava as portas à ninguém, nem mesmo se fosse menor, pois, como disse, era empresária e empresários nunca param de pensar em lucros...aqueles que param, quebram, e aquele paraíso não passava por crise, jamais quebraria, a não ser nas porradas eventuais.

Não elegemos nenhum representante, queríamos todos participar do processo de descabaçamento juvenil coletivo desde o início, afinal, seria um marco nas nossas vidas...nossa primeira transa.

Na quarta, às 5 da tarde, estávamos todos à porta do “puteiro”, solicitando ao segurança uma audiência com Dona Maria Flor (já àquela hora havia segurança, o lugar era top de linha, funcionava 24 horas, as putas não tinham descanso).

Entramos juntinhos, se escorando no outro...as madames já estavam todas com roupa de dormir, pelo menos era o que achávamos que era, pois nossas mães dormiam daquele jeito...umas roupas bem gitinhas. O lugar era fumacento, quente até o toco, dava pra ver umas com leques, outras se passando uns paninhos tipo toalhinhas de rosto (queria um paninho daqueles...devia servir pra curar alguma doença de pele se usássemos com fé). A mulher nos esperava lá nos fundos, sentada numa cadeira de balanço, obesa, de vestido estampado parecendo cortina de igreja, o cupim da mulher deixaria muito boi com inveja, quase não tinha pescoço, uma travessa no cabelo e um cigarrão de piteira...recebeu-nos com um leve sorriso no rosto imaginando o que queríamos.

lo que los chicos quieren?! ( o que vocês querem garotos?).

...   ...   ...silêncio total...   ...   ...-agora me deu medo! murmurou Paolo sem entender o que a gorda disse.

Ela era Venezuelana...só podia ser...aquele idioma eu já tinha ouvido numa viagem que fiz com meus pais pruma cidadezinha chamada Santa Helena...praquelas bandas!!

Epifânio tomou a frente numa pose...o que nos deu mais medo ainda

 “-Queriemos hacer, señora”.

Arriégua, agora quem ficou com medo fui eu!!! Epifânio hablando en espanhol!!!!

 “-Hacer o que ninõ?” perguntou a dama GG.

Cositas...joder... Lo que los hombres vienen aquí para hacer qué? Orar? Juega manja? cangapé?

(“-Imoral, saliência, coisinha, rala coxa, ora dona, os homens vem aqui fazer o quê? Rezar? Brincar de manja? de cangapé?”).

Estávamos ficando cada vez mais assustados com Epifânio, estava falando em línguas estranhas...seria algum encosto? Seria possessão? Se tratando do loro, não seria de se espantar.

Quieres sexo? la cantidad de dinero es en el bolsillo?

(-Ah! vocês querem sexo?...sei...e quanto vocês tem no bolso?)

Que te importa mujer? (-Pra quê quer saber dona? Epifânio começando se irritar.)

Como assi? Usted quiere el sexo y no quiere decir cuánto quieren pagar?

(-Como assim? Vocês querem sexo e não querem dizer o quanto querem pagar?)

-Pagar? Nos olhamos com cara de abóbora passada e Epifânio disparou dando ênfase às sílabas tônicas de cada frase: -E tem que pagar é? Como é que pode uma coisa dessa dona, as pessoas vão com maior boa vontade no lugar onde só se oferece sexo, com mulheres que fazem isso todo dia, com todo mundo, a maioria bêbu, alguns batem nelas porque nós já vimos, e ficam muito machucadas, até de olho roxo.

Mis chicos, aquí es una casa de putas, las mujeres tienen relaciones sexuales por dinero, los hombres pagar por el placer que les dan en la cama, o simplemente por la empresa, por el placer de tener a alguien que los escuchó, ni debería estar aquí, el tiempo de usted vendrá, ir a casa.

(-Meus garotos, aqui é um bordel, as mulheres fazem sexo por dinheiro, os homens pagam pelo prazer que elas lhes dão na cama, ou simplesmente pela companhia, pelo prazer de ter alguém para ouví-los, vocês nem deveriam estar aqui, a hora de vocês vai chegar, vão pra casa.)

Saímos dali cabisbaixos, frustrados, decepcionados, e ainda com muita vontade...é claro. Epifânio correu de volta lá dentro e minutos depois ele voltou com uma informação importante...o preço.

-Galera, temos dois dias pra conseguir 100 paus...vamu trabalhar!! Foi uma empolgação geral. Dois dias de muito sacrifício, nos oferecendo pra fazer pequenos serviços pela vizinhança, minha mãe até disse pro pai, “-esse menino tá aprontando alguma!”, consertamos cercas, plantamos roça, fizemos farinha, até castrar porco castramos, mas esse negócio não deixamos o sobrancelha participar, vai que ele se arretasse em pegar nas bolas do barrão.

Epifânio era nosso tesoureiro, era quem guardava nossa grana para aquela empreitada.

Sexta à noite. Vestidos a caráter. Alguns de camisa de meia listradas, por dentro da calça social velha, sapatos empoeirados, outros de camisa de gola, abotoadas até em cima, mas Epifânio, ah esse vinha diferente! Jesus aquilo não prestava nem pra ir pro puteiro! Marcamos no coreto da pracinha que ficava a uns cinco minutinhos do lupanário...lá vem ele chegando...pasmem...de calção de jogador de futebol, camisa no ombro, e sandália no pé...“Quiéissomanu???? Vai pra onde assim? Vai pro campinho?” Perguntei.

“-Não, mas tô com dinheiro no bolso, e se vou pagar, vou do jeito que eu quero, e essas quengas vão ter que fazer o que eu mandar...e já tô com roupa fácil de tirá”...hum...nos olhamos...erramos na vestimenta...o loro tá certo....agora é tarde...vamu.

Ah! Preto metido, não tem nem onde cair vivo (porque morto cai em qualquer lugar) e já tá tirando onda de patrão de puta! Tem jeito não!!.

Entramos, tinha uns homens bebendo com as mulheres, outros conversando, outros apenas olhando tudo e fomos direto pro canto onde tava dona “Quenga Rainha Extra Grande”.


¿dónde está el dinero¿ los 100 mangos¿

(-Trouxeram os 100 paus? Perguntou a distinta senhora.)

Epifânio tirou do bolso um bolo de notas e disse como se fosse o dono do mundo:

“-NÃO RAPARIGA...PEGA 1500...FECHA O PUTEIRO...HOJE É SÓ NÓS NA CASA.

Maria Flor riu do franguinho preto de macumba... e...sem tirar os olhos do guri que a encarava com autoridade, gritou pra todo mundo ouvir...

EL PROSTÍBULO CERRADO, TÁ DE RETIRO!!!

- A CASA TÁ FECHADA, TAMU DE RECESSO!!!)

Foi um fuzuê só, os homens protestaram, berraram com a gente, juraram quebrar nossas caras, disseram que não iriam sair até que Dona Quenga falou:

Si no sairen ahora voy a cobrar la deuda que cada uno tiene en la casa

(-Se não saírem agora vou cobrar a dívida que cada um tem na casa!!!!)

Silêncio total...um a um foram deixando o recinto sem sequer olhar pra trás.

O endiabrado Epifânio correu e pulou no pescoço da dona Quenga e tascou o beijo na boca da gorda...ÊÊÊITA CARALHO!!!! ESSE MULLEQUE NUM QUER PRESTÁ MERMO!!!! Gritei....e já foi entrando num quarto nos fundos com aquele corpo gigante a tira colo, e antes de entrar, virou, ainda atracado na porruda, e com o olhar que só ele tinha, sem dizer uma palavra....nos passou a seguinte mensagem:

-Divirtam-se...com cuidado....cada um toma conta do outro...e piscou com um dos olhos...era a deixa que precisávamos, era o sinal do cãopirôto, nem o Batman tinha um assim.

A noite foi tremeeeenda, não sobrou uma puta que não tenha tirado uma casquinha daqueles pintinhos viris, envernizados, e indestrutíveis, verdadeiros mastros de bandeira...naquela época o mais próximo que alguém chegava de pensar sobre camisinha era plastificar o pirulito e isso devia doer...meter o pirulito naquela máquina quente de plastificação de carteira de identidade ninguém queria.

Acho que o que mais se divertiu foi Epifânio, a todo momento passava nu daqui pra lá e de lá pra cá, de quarto em quarto, com aquela “MAMBA NEGRA” entre as pernas...deve ter feito o maior sucesso com as damas da noite.

Eram três da manhã quando alguém gritou: “-CHEGA GENTE, NÃO AGUENTO MAIS!”...ninguém agüentava mais, estávamos a horas pensando que éramos os garanhões, mas quem de fato se divertia eram as moçoilas...Multi-homem estava reclamando de cãibras no pau, Guepardo dizia que tava com íngua (égua!! Íngua de tanto trepar?) Sobrancelha nunca mais iria procurar outro tipo de vaca, camarão já andava pela casa de robby e cigarro no bico kkkkk se achando, o pivete, eu saia satisfeito de um dos quartos com “Bernadete língua de engraxar sapato”, parecia um tamanduá aquela dama, inesquecível...até hoje...213 tinha um sorriso maroto na cara...perguntei...o que foi filhote?...”-Bati meu recorde, valente....bati meu recorde!!” Sobre esse recorde contarei em outra ocasião....e Epifânio?

Dom Epifânio Augusto Cortez de Sena saiu do quarto da “Dona Quenga Plus Size” completamente vestido, como um lorde, um senhor feudal...aos beijos de língua com sua fêmea...e eu que era chamado de valente....pense num corajoso de encarar aquela maceta...

Fomos embora, cada um pro seu barraco, camarão dormiria na casa do multi-homem, pois morava muito longe...

Depois de deixarmos cada um em casa, perguntei a Epifânio:

-Mano e aquele Espanhol?

“-Gosto de ler Valente...O Robertinho, filho da dona Rosicleide sempre viaja pra Caracas e traz umas revistas e me dá...e eu leio ora...”

Acerca da noite primorosa perguntei:

“-Satisfeito Loro?” Ele me olhou com a cabeça levemente abaixada e inclinada para a esquerda onde eu estava, os olhos em diagonal e me deu a resposta mais incrível que alguém poderia dar:

“Demais...(passou levemente a língua entre os lábios como que querendo hidratá-los da secura que dá no momento em que se vai compartilhar um segredo ultra secreto)...não comi ninguém mano...essa noite defendi a honra que jurei entregar apenas à Dalila como quem defende um título mundial de boxe...na porrada...a carne exigia, o instinto de macho exigia...minha bate estaca exigia mais ainda....mas resisti...ela jamais saberá o que fiz pelo amor que lhe tenho, nem precisa saber... mas eu sei...e o Índio também sabe...

Fiquei perplexo com aquela história...-Como é isso cara, você tava na maior sacanagem correndo nu pela casa e se trancava com aquela gorda...e aquele dinheiro todo? Tu roubou alguém? Gastou sem nem trepar?

-Não gastei nada, naquele dia que fomos no puteiro de tarde, depois que saímos, voltei lá e fui falar com dona Quenga...contei nossa angústia de adolescentes punheteiros e que precisávamos da ajuda dela pra experimentar o sexo ...de início ela não gostou, mas aí fui mostrando pra ela que as meninas também ficariam felizes, seria uma espécie de férias de uma noite pra elas, que naquela noite não iriam ser usadas, mas sim usar corpos novinhos, virgens, zerados...e certamente elas ficariam muito agradecidas a ela, dona Quenga, e que trabalhariam mais felizes...e que ficariam todos felizes pelo menos nesta noite....ela me olhava desconfiada, mas, por fim...disse sim...aí, quando eu disse que tinha um plano melhor ainda e que precisaria de 1500 paus, e que ela deveria me emprestar, ela pirou e quase mandou o segurança me enxotar de lá, mas depois de ouvir sobre minha história com Dalila não titubeou...me deu a grana...desde que aceitasse que se eu passasse a perna nela mandaria me capar....o mais difícil foi convencê-la a não me comer valente, a tarada passou a noite fazendo crocrete em mim, mas resisti mano, bravamente, não deixei o bicho endurecer, fiquei pensando na mãe do Nelsinho pirata, a dona Jorgete, aquela velha desdentada que fala cuspindo...kkkk...oh visão do inferno...não podia deixar os meninos pensarem que não gosto da coisa, mas também não queria me entregar ao meu amor mentindo que ainda era virgem sem ser...o importante valente é que guardei o presente que quero dar à Dalila...minha virtude amigo...ela merece...depois de tudo o que tem vivido...ela merece...

Curioso perguntei: -O que ela tem vivido parceiro?

-Vamos pra casa...agora é que vou me divertir amigão...só eu...e ela.

Quando fiquei em casa, não pude deixar de observar Epifânio se afastando rumo à casa dele. Vestido com roupas sabe lá de quem...a virtude defendida para alguém que nem sabe que recebeu tão verdadeira prova de amor...estávamos crescendo...Epifânio estava se tornando um homem de bem sem deixar de lado as travessuras de menino...rsrs já pensou, beijar aquela boca da quenga só pra nos dar uma noite de gala...literalmente...



Por Ricardo Serrão

Olha a mera coincidência hein!!!! Pense num liso.


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