Minha homenagem a um amigo muito querido.
Alexandre Sena Gonzalez, ou simplesmente, Piranha.
Lembro com muito carinho do dia que o reencontrei depois de
anos morando em outro estado e sem contato com os amigos basquetebolistas
daqui. Convidado pelos, à época, guris que defenderam a seleção amazonense
naquele ano, fundamos o Red Ducks, de curta história, mas de um laço fraternal
que dura até hoje e durará eternamente.
Alexandre estava saindo de uma barra pela qual eu também
havia passado e lhe fiz o convite:
-Alexandre vem jogar com a gente.
A resposta foi imediata e muito sóbria:
-Não kibe, não vou aguentar correr com essa molecada.
-Mermão, faça como o Júnior no final da carreira, só servia,
pouco corria em campo. Venha e seremos dois velhos a ensiná-los.
Aceitou.
Você pode me perguntar se o motivo foi apenas para lhe dar
uma força da situ que ele estava vivendo. Não...não foi só isso. Na minha vida
de esportista aprendi uma coisa bem simples e bem bacana e ensinei isso o
quanto tive oportunidade:
“Quando for montar um time, não recrute apenas os melhores,
mas aquele ou aqueles que tenham um currículo recheado de títulos. Esse irá
trazer para a equipe a sensibilidade necessária para que todos pensem como
campeões”.
Recentemente meu amigo Paulo Reis me disse a seguinte frase:
- “Há três tipos de jogadores: Os que sabem fazer cestas, os que sabem jogar, e
os que sabem ganhar jogos”. Piranha estava numa categoria à parte...ele ganhava
títulos.
Então minha resposta à sua pergunta é não, não foi somente
por aquele primeiro motivo. Sou egoísta e sei identificar uma pessoa com o dom
da vitória dado por Deus.
O resultado foi esse das fotos.
Alexandre, meu amigo, obrigado por ter feito parte da
história e ter feito história no nosso esporte.
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